Alguns anos atrás eu e um amigo (Luiz Henrique) fizemos a trilha Salcantay no Peru, (descrito em outro tópico do meu blog), passando pelo monte Salcantay e terminando em Águas Calientes, aonde também conhecemos o Machu Picchu. Foi o desafio dos meus 50 anos! Acho que o tempo passa e nós nos perguntamos cada vez mais – aonde estão os nossos limites? Pois desde este primeiro desafio fiz vários “check-ups”, dieta, academia, reeducação alimentar, caminhadas, …, e após perder 15 quilos, apesar dos quase 55 anos, eu ainda me julgava capaz de desafios ainda maiores.
Eu queria algo desafiador e reiniciei minhas pesquisas analisando algumas opções de trilha no Himalaia – a cadeia de montanhas mais altas do mundo. Logo cheguei à agência Ana Wanke Turismo e Aventura, já tradicional neste segmento no Estado do Paraná. A Ana tinha o projeto de retornar ao acampamento base do Annapurna (em sânscrito a Deusa das colheitas), após três anos do último terremoto, quando ela e seu grupo foram pegos pelos tremores no retorno do acampamento base e também conviveram com o cenário de destruição instalado em Kathmandu no Nepal.
O roteiro em si era muito atraente, pois percorreríamos uma das trilhas de trekking de montanha mais tradicionais e desafiadoras do mundo (pelos grandes desníveis diários de deslocamento) e visitaríamos regiões do Nepal tão distintas quanto uma cadeia de montanhas, uma planície (com uma reserva natural de vida selvagem e safaris em elefantes) e uma região de veraneio com seus lagos e esportes radicais.
Saí de casa no dia 06/04/18 pouco depois das 17h00. Meu voo seria somente às 21h30, mas com a previsão de chegada do ex-presidente Lula para ser preso em Curitiba, estavam previstas manifestações no caminho do aeroporto e eu não queria arriscar.
Tudo correu de acordo e na chegada em SP fui procurar os demais membros do grupo, que eu havia conhecido no tradicional Chá de Mochila da agência Ana Wanke, quando são passadas dicas e tiradas as dúvidas sobre equipamentos e tralhas de viagem. Lá estavam a Simone, Papael (guia da agência), Grace, Angélica, Antônio e Seve. Tivemos algumas horas para conversar e trocar experiências antes do nosso voo para Doha no Qatar pela Qatar Airways. Até Doha foram 15h00 de voo num serviço de bordo impecável, mas impossível não ser uma viagem cansativa. Na chegada em Doha me despedi do grupo, que pegaria uma conexão imediata para Kathmandu (seriam mais 5 horas de viagem). Eu optei por dormir no hotel do aeroporto e pegar um voo na manhã do dia seguinte.
Obs: devido a um problema de relações políticas entre o Qatar e a Arábia Saudita, os aviões da Qatar Airways devem desviar do espaço aéreo Saudita, aumentando o tempo de voo em cerca de uma hora.
O aeroporto de Doha é um capítulo à parte, pois são 70 lojas e praça de alimentação abertos 24 horas por dia e 7 dias por semana. Dormi no confortável hotel do aeroporto (reservado com muita antecedência) e na manhã do dia seguinte embarquei para Kathmandu, ficando fácil notar o mergulho de diversidade cultural em que eu estaria entrando. Por exemplo, no avião eram constantes os avisos para que os passageiros permanecessem sentados e não utilizassem os corredores para rezar.
A chegada no Nepal foi um choque! Fila para preencher um formulário eletrônico e tirar foto em uma máquina de autoatendimento, fila para pegar um segundo formulário, que tinha praticamente os mesmos dados do primeiro, fila para trocar dinheiro (pois o visto só podia ser pago em dólar – USD 40.00 ou euro e no montante exato), fila para pagar o visto – eram cerca de 20 filas para 5 caixas – uma verdadeira coisa de louco e, finalmente, a fila do carimbo do visto. Eram centenas de pessoas num pequeno saguão, mas já havíamos sido alertados pela agência e estávamos todos com fotos 3×4, dinheiro trocado e pegamos os formulários impressos logo na chegada, sem perder muito tempo.
Então, num lance de sorte, vi que mais duas colegas do grupo (Rita e Bernadette) também estavam na fila (de pagar o visto) e estavam quase chegando no caixa. Saí como um louco, furando a fila e dizendo que minha família estava na frente, isto sem olhar para trás, mas aprendendo diversos palavrões nos mais distintos idiomas do mundo. Furei a fila, mas naquela bagunça fizemos uma pequena confusão pagando apenas o visto de 15 dias (USD 26.00) e não o de 30 dias (USD 40.00), e teríamos que pagar a diferença e mais uma multa na nossa saída do país.
Normalmente, numa situação desta, com diversos voos chegando ao mesmo tempo, este processo deveria ter demorado de duas a três horas, mas com os “atalhos” demorou apenas uma hora e 30 minutos. Na saída do aeroporto o guia e Sherpa Nauan e uma grande faixa da Agência Ana Wanke nos esperavam e fomos levados de Van para nosso Hotel (Holy Himalaya). Claro que o trânsito nos remetia ao mundo do cinema, com caos generalizado, ausência de sinaleiros, excesso de poluição e nossa cabeça ainda funcionando no horário brasileiro, sendo que o fuso horário local estranhamente era de 08h45 minutos a mais em relação ao Brasil.
A descrição de alguns detalhes desta viagem será dividida em 4 tópicos: a cidade da Kathmandu, a trilha para o acampamento base do Annapurna, a cidade de Pokhara e região de Chitwan/Sauraha.
Kathmandu
Nosso hotel em Kathmandu (Hotel Holy Himalaya) ficava no Thamel, que é o bairro comercial da cidade e uma ótima opção para ficar. O hotel é adaptado para grupos de trekking, com quartos confortáveis, boa internet, salas para reuniões e depósitos para bagagem. O café da manhã era excelente (para o padrão local), com expressos e cappuccinos disponíveis 24 horas por dia.
O segundo dia na cidade foi para aquisição de equipamentos que estivessem faltando, pois não faltam lojas de trekking e montanhismo no Thamel (produtos originais e falsificados por todos os lados). Pessoalmente, comprei apenas o saco de dormir de -15°C de uma marca local por USD 100.00 (uma pechincha perto dos R$ 2.300,00 que me pediram no Brasil; aliás não deixe de pechinchar – é quase um esporte nacional). Neste dia, fomos acompanhados pelo Nauan e sua filha Maya (uma das mais reconhecidas alpinistas do Nepal), que nos indicaram as lojas mais confiáveis para nossas compras.
O terceiro dia foi uma espécie de City Tour, quando alugamos uma Van com um guia para conhecermos Kathmandu e a cidade medieval de Bhaktapur, onde ficam alguns dos principais monumentos do país. Notem que boa parte dos monumentos foram destruídos ou muito afetados pelo terremoto de 2015 e estão sendo restaurados aos poucos. A Dubar Square e o Royal Temple são realmente impressionantes, sendo triste ver a situação que ficaram alguns dos principais patrimônios históricos. Também fomos conhecer a Estupa Budista Boudhanath, patrimônio mundial pela Unesco, e o templo Hinduísta de Pashupatinath, onde são cremados os corpos de boa parte da população.
A cidade é muito poluída e o trânsito caótico, sendo difícil respirar o ar sem a utilização de máscaras ou buffs, que são vendidos em todas as esquinas. Quanto à comida, é sempre bom tomar cuidado, especialmente com comidas muito apimentadas e locais de higiene duvidosa. O prato típico é o Dal Baht, composto por arroz, frango, caldo de lentilhas, legumes refogados e yogurte; cada um servido em um pote individual, fazendo uma bela e arriscada composição. Aliás, o yogurte está presente para compensar a pimenta.
É comum encontrar macacos nos fios de luz e vacas na rua, enfim parece que estamos assistindo um filme. A população é, via de regra, muito receptiva e não vimos nenhum ato de violência durante a nossa estadia. São diversas etnias e dialetos e são divididos entre Hindus e Budistas (as castas superiores), além de uma minoria muçulmana, e muitos templos mostram o sincretismo religioso, com a mistura de símbolos das diversas religiões.
Uma lembrança interessante foi que quando dissemos para o nosso guia Páras que éramos da cidade de Curitiba no Brasil, ele nos falou que já tinha ouvido falar de Curitiba, por causa da operação contra a corrupção “Car Wash”. “Gargalhada geral! ”.
Phokara
Na manhã seguinte seguimos para o aeroporto, cada um com sua mochila e um Duffel Bag. No meu caso, minha mochila pesava 7 quilos e o Duffel mais 11 quilos (este último seria levado na trilha por um carregador – porter).
Fizemos um voo tranquilo pela Yeti Airlines até a cidade de Phokara. Ficamos no Hotel Montain View, que fica perto da região comercial e do belo lago da cidade (Phewa Tal).
Phokara é uma espécie de cidade de veraneio, bonita e com baixo nível de poluição. Eu aproveitei nossa estadia para caminhar ao redor do lago e tomar algumas cervejas locais: Everest, Nepal Ice, Sherpa e Gurkha. Também presenciamos a um desfile, que acredito seja uma das comemorações relativas ao ano novo nepalês, que se aproximava. Aqui também é uma boa opção para compras, com a vantagem de que as lojas não têm o pó de Kathmandu em toda parte.
A oferta de esportes de aventura é muito grande: trilhas, escaladas, asa delta, rafting, mergulho, safaris, …. Praticamente tudo é oferecido nas agências da cidade.
No nosso retorno da trilha também passamos por Phokara e eu tentei marcar um voo de ultra light, mas eu cheguei muito cansado da trilha e a saída para o voo foi marcada para 06h30, assim acabei desistindo em troca de um boa noite de sono. Assim, acompanhei o grupo na visita à Estupa Budista Shanti (Estupa da Paz Munidal), que fica numa posição privilegiada na montanha, possibilitando uma bela vista da cidade, do lago Phewa e das montanhas, inclusive os Annapurnas.
Annapurnas:
- Annapurna I – 8091 m;
- Annapurna II – 7937 m;
- Annapurna III – 7555 m;
- Annapurna IV – 7525 m;
- Gangapurna – 7455 m;
- Annapurna Sul – 7219 m.
O Trekking
Dia 01 na trilha
Saímos cedo de ônibus do hotel com destino a Birethanti, onde começaríamos nossa trilha com destino a Ulleri. Toda a equipe já estava montada, com nossos guias locais Nauan, Dendi e Kungá e nossos 5 porters. A viagem demorou um pouco, pois a estrada estava em obras (para variar). A previsão deste primeiro dia era de apenas 5 horas de trilha e um desnível total de 950 metros para aquecer. Nestes primeiros dias de trekking a trilha se parecia mais com uma grande escadaria de pedra, com degraus com cerca de 30 cm de altura, que sobem e descem sem parar.
Ainda como batismo, antes de chegarmos ao nosso destino em Ulleri, fomos recebidos com uma grande chuva de granizo. Todos tivemos que buscar abrigo durante cerca de uma hora, pois estava impossível prosseguir. No final, todos chegaram bem… encharcados.
Dia 02 na trilha
Destino: Ghorepani. Um dia tranquilo de trilha, mas um trecho mais longo (cerca de 16 quilômetros) e novamente grande desnível a conquistar. Neste dia subimos mais 900 metros atingindo a cota de altitude de 2900 metros.
A melhor estrutura da pousada de Ghorepani permitiu que pudéssemos estender as roupas ao redor de uma espécie de lareira no meio do salão do restaurante. Note-se que as diferenças entre as pousadas (teahouses) em geral não é tão significativa, sendo que os trekkers buscam algumas comodidades mínimas, como tomada para recarregar celulares e câmaras fotográficas, wifi, banho quente e uma comida razoável. As camas são bastante simples com colchões de espuma mole e fina e nossos sacos de dormir eram colocados sobre a cama e dormíamos dentro deles.
É engraçado ver a transformação que as pessoas passam numa trilha. Empresários, profissionais liberais, funcionários públicos, aposentados, de todas as origens e religiões, … , todos passando a valorizar imensamente pequenas coisas como um banho quente ou uma tomada elétrica.
Dia 03 na trilha
O terceiro dia representou nosso primeiro grande desafio. Saímos da “Teahouse Hilltop” às 04h00, utilizando nossas lanternas, e subimos até Poon Hill (3200 metros) para acompanhar o nascer do sol e aproveitar a bela vista das montanhas. Mesmo com a carga reduzida, pois voltaríamos para a pousada às 07h00, os 300 metros de subida foram rápidos e cansativos, mas a vista compensou nosso esforço nesta manhã de ano novo nepalês (Ano 2075).
Tivemos uma baixa nesta manhã, pois um dos nossos colegas passou mal durante a noite, com muito vômito e diarreia, e não nos acompanhou até Poon Hill, tendo aguardado nosso retorno para o café da manhã às 07h00 para juntar-se novamente ao grupo. Este tipo de ocorrência se repetiu com outros colegas ao longo dos dias, mesmo com nosso redobrado cuidado com a alimentação. Este foi um dos dias mais difíceis e longos, sendo que no total foram 11 horas de caminhada para percorrer quase 20 km de trilha.
Dia 04 e 05 na trilha
Saímos de Tadapani (2.700 m) com destino a Ghandruk (2.000 m), capital da etnia Gurjung, e na manhã do dia seguinte seguimos para Chomrong (2.100 m). Apesar das menores altitudes, a trilha não era mais fácil, pois subíamos e descíamos sem parar. Era descer 300 metros, depois subir 500 metros, depois descer 400 metros, ….
Pessoalmente, gostei bastante de Chomrong, pois a vila era um pouco mais equipada, a vista muito bonita e era até possível tomar um expresso italiano ou comprar uma torta de chocolate, coisas impensáveis na maioria das paradas. Nestes dias percorremos uma floresta de Rododendros ao longo do Rio Kimrung.
Dia 06 na trilha
Aqui começou o nosso maior desafio, pois as subidas e descidas eram cada vez longas e íngremes, principalmente no cruzamento do Rio Chomrong, e a medida que subíamos o oxigênio e a vegetação diminuíam, o tempo ficava mais frio e cerveja mais cara.
Eu cheguei bastante cansado ao Hotel Himalaya, nosso destino deste dia. O tempo estava úmido e havia chovido durante parte da trilha. Chegamos novamente à cota de 2.900 metros e precisávamos estar prontos para o grande desafio do dia seguinte.
Dia 07 na trilha
Num cenário um pouco mais árido, frio e emocionante, iniciamos a longa subida até o acampamento base do Machapuchare – M.B.C. (3.700 metros), onde almoçaríamos, e após o almoço seguiríamos até o acampamento base do Annapurna – A.B.C. (4.130 metros), que era nosso objetivo maior desta trilha.
A maior parte da trilha é acompanhando um grande vale e a visão constante das montanhas e seus cumes funcionam como combustível para nós. Pouco depois da nossa chegada ao A.B.C. e celebração, iniciou a queda da neve para marcar com chave de ouro a nossa pequena conquista.
Ao longo da trilha e com nossos três guias locais, além da experiência e acompanhamento da Ana Wanke e do Papael, podíamos nos espalhar por um longo trecho de trilha (alguns quilômetros). Um guia ficava na retaguarda, um no meio e outro acompanhava o grupo que seguia na frente. Assim, todos podiam seguir no seu próprio ritmo, sem acelerar ou reduzir para acompanhar o grupo, sendo esta a condição ideal de trekking. A trilha é razoavelmente bem sinalizada, mas nos cruzamentos que poderiam gerar alguma dúvida sempre estava por perto um dos guias para nos auxiliar.
Dia 08 na trilha
Pela manhã, ainda havia um pouco de luz que permitiu algumas belas fotos, mas olhando para o vale podíamos ver uma neblina chegando e que rapidamente tomou conta de todo o acampamento base.
A descida seria forte, pois estávamos a quase 4.200 metros de cota e nosso destino seria Bamboo a 2.300 metros, numa descida de quase 2.000 metros e ainda mais insana pelo fato de que fora o grande desnível ainda tínhamos bons trechos de subida intercalada
Com o passar dos dias acabamos conhecendo diversos grupos de trekkers de outros países que faziam esta mesma trilha e ficavam nos mesmas vilas, tipo a senhora da Malásia que viajava sozinha com seu guia e um porter e sempre que nos via contava das suas dificuldades e conquistas na trilha (soubemos que ela conseguiu chegar ao M.B.C. mas não prosseguiu ao A.B.C.). Tinha também a família francesa com um casal de filhos pequenos, o jovem casal da Noruega, o grupo de senhores do Japão, uma grande família da Coréia, que viajava com sua própria comida e chefe de cozinha, o grupo das estudantes da Nova Zelândia, as duas meninas da Inglaterra, o rapaz da Índia, …. Uma verdadeira festa cosmopolita.
O último e nono dia de trilha
Parecia que seria fácil, mas dos 2.300 metros de Bamboo até perto de Ghandruk a 1.900 metros seriam incontáveis subidas e descidas. Neste dia, apesar da sensação do dever cumprido, já podíamos sentir o corpo reclamando da verdadeira surra que levou, com um esforço fora do comum, uma alimentação apenas razoável e noites nem sempre bem dormidas. Mas quer saber? – Uma indescritível sensação de realização e de conquista.
Seguimos ansiosos por longas horas até chegarmos ao nosso ônibus, com todos gritando nossa palavra de guerra na chegada: “PUTA QUE PARIU! ”.
Chitwan/Sauraha
Após um breve descanso em Phokara, depois do nosso trekking, seguimos bem cedo para nosso novo destino no Parque Nacional de Chitwan, Patrimônio Mundial e uma das últimas reservas aonde vivem populações de rinocerontes indianos e tigres de bengala, além de elefantes, crocodilos e centenas de outras espécies de mamíferos, aves, répteis e uma rica flora.
A estrada que leva a Chitwan (já quase na fronteira com a Índia) está em obras e o trânsito na rota é uma verdadeira loucura. A ida em Van desde Phokara (150 km) durou 5 horas, já o retorno de Chitwan até Kathmandu (140 km) durou quase 8 horas. Agora, imagine que este pequeno trecho de Van foi mais perigoso do que 9 dias de trilha na montanha. Só estando lá…
Sauraha é uma aldeia no distrito de Chitwan, onde ficava nosso Hotel Parkland. O Hotel era bonito, com vários chalés espalhados ao redor de um grande jardim, e confortável, bem equipado e a cozinha flexível para fazer a comida conforme nossa solicitação; além de ser bem próximo do centro da cidade e do local dos passeios.
As três grandes experiências na reserva foram: o passeio de barco a remo (feito em tronco único de Sal – Sal Wood – sem emendas na madeira) pelo vale de Chitwan, a visita ao centro de criação de elefantes e o safari em elefantes. Notem que para a nossa cultura a forma como os elefantes são tratados pode até parecer cruel, mas eles são animais selvagens que historicamente eram utilizados para trabalho e inclusive nas forças armadas do Nepal e da Índia. Existe uma cooperativa dos proprietários de elefantes e é comum vermos as casas simples com um ou dois elefantes no jardim, claro que presos por correntes.
Um dos únicos momentos de stress ocorreu durante o safari, pois dois elefantes se estranharam, começaram a brigar e se afastaram do restante do grupo entrando na mata. O detalhe é que em cima de cada um destes dois elefantes estava uma cesta com quatro membros do nosso grupo. No final tudo correu bem e eles tem ótimas histórias para contar para parentes e amigos.
Aliás, histórias desta viagem é o que não faltam, mas para mim ficaram as memórias, o sentimento de conquista e as novas amizades. Aproveito para agradecer aos nossos guias e carregadores do Nepal e, em especial, à Ana Wanke e ao Papael pela amizade, paciência e profissionalismo. Também aos meus novos amigos e companheiros desta aventura, pela troca de experiências e pelos ótimos momentos que vivemos juntos nestes 18 dias de viagem.
Texto publicado originalmente no blog É nóis no mundo
Adorei seu relato Fernando! Esse roteiro tem um valor intrínseco de mostrar o valor das amizades e como precisamos ouvir nosso corpo. A turma foi fantástica. Todos se ajudando, se apoiando e conseguindo superar seus limites!!
Obrigado Ana. A viagem foi ótima e fico muito feliz de poder contribuir com o seu blog.
Abraços!
Espetacular a sua história Fernando. Amei cada parte do seu relato. Nos faz viajar um pouco com vocês e viver um pouco do que existe fora da nossa cidade e país. Como faz bem. Obrigada por compartilhar tudo isso. É inspirador.
Abraço Ana por promover isso.
Obrigado Irene. Fico feliz que tenha gostado do nosso relato.
Um grande abraço.
Seu relato ficou perfeito Fernando!
Tive o privilégio de fazer parte dessa aventura inesquecível!
Obrigado pelo companheirismo e amizade!
Um abraço!
Eu que agradeço meu amigo. Foi uma viagem fantástica.