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Os Celtas e o meu Triskel

Os Celtas e o meu Triskel

30 março 2020 Ana WankeHistóriaceltas, druidas, lendas, rei arthur, triskel

Pesquisei arduamente a história dos Celtas e vou lhe dizer: é muito fácil se perder no emaranhado de definições que cercam os Celtas.

Essa pesquisa começou porque queria fazer um artigo explicando o Triskel, um poderoso símbolo Celta que carrego comigo sempre. Mas como falar dele sem falar da cultura na qual ele está inserido?

É possível que esse nome Celta provenha da mitologia grega, na qual se identificava o povo celta como descendente de Celtus transformando-se em Celti (Celtae) ao incorporar-se ao latim.

No entanto o termo celtae era muito genérico para identificar a grande variedade de assentamentos celtas na Europa, com semelhança de cultura, língua e credo.

Domínio Celta

O mais antigo documento que se tem notícia de celtas é um roteiro fenício do século VI a.C.

Os celtas se subdividiram em diferentes povos entre os quais podemos destacar os belgas, gauleses, bretões, escotos, batavos, eburões, gálatas, caledônios e trinovantes. Durante o desenvolvimento do Império Romano, muitos destes grupos deram origem ao nome das províncias romanas na Europa, as quais mais tarde batizaram alguns dos estados-nações medievais e modernos da Europa.

Por volta do século V a.C., os celtas passaram a ocupar outras regiões que extrapolavam os limites dos rios Ródano, Danúbio e Sanoa.  Foi neste período que, após diversas incursões, os celtas concluíram a ocupação das Ilhas britânicas.

A partir do século II a.C., os celtas começam a perder território para os povos de língua germânica, e para os romanos, que pouco a pouco, conseguiram dominá-los.

Os golpes finais na dominância celta ocorreram no século I a.C., quando Júlio César conquistou a Gália, e no século I d.C., quando o imperador Cláudio dominou a Bretanha.

Somente a Irlanda e o norte da Escócia permaneceram fora da zona de influência direta do Império Romano. Atualmente, a Irlanda é o país onde se encontram vários vestígios da cultura céltica.

Sociedade

A sociedade céltica era geralmente organizada através de clãs, onde várias famílias dividiam as terras férteis, mas preservavam parte da propriedade das cabeças de gado. A hierarquia mais ampla da sociedade céltica era composta pela classe de nobres, homens livres, servos, artesãos e escravos. Os sacerdotes eram conhecidos como druidas e detinham grande prestígio e influência.

Religiosidade

A religiosidade dos celtas era marcada por uma série de divindades que possuíam poderes únicos ou tinham a capacidade de representar algum elemento da natureza ou animal. Celebravam diversas festas místicas ao longo do ano – todas relacionadas com a natureza.

Como se dividiam em várias tribos independentes, os celtas também acabaram cultuando muitas lendas e deuses diferentes. Aqui descreverei os deuses mais venerados pelos povos do continente europeu:

Sucellus – Às vezes descrito como o rei dos deuses, Sucellus representa a fertilidade e carrega um grande martelo de cabo longo. Ele usa o poderoso martelo para golpear a terra, despertando as plantas e convocando o início da primavera – época do plantio.

Taranis – Muito adorado no mundo celta, é o deus do trovão, que sempre atravessa o céu em uma carruagem. Os relâmpagos são as faíscas produzidas pelos cascos dos cavalos, enquanto o som do trovão é o barulho das rodas da carruagem de Taranis

Cernunnos – Um dos mais antigos deuses celtas, Cernunnos tem orelhas e chifres de um cervo. É o senhor dos animais, sendo muitas vezes representado ao lado deles, alimentando-os. Ele tem o poder da mutação, podendo aparecer na forma de cobra, lobo ou cervo.

Dea Matrona – Espécie de “deusa mãe” para os celtas continentais, é freqüentemente representada como três mulheres. O três é um número sagrado para os celtas.

Epona – A deusa da terra quase sempre aparece junto a um cavalo. O vigor e a força do animal simbolizam o poder e a fertilidade da terra. Arqueólogos acreditam que figuras de cavalos brancos entalhadas em cavernas européias eram dedicadas a Epona.

Belenus – Os celtas têm diversos deuses da luz e do fogo batizados com a palavra bel, “brilhante” na língua deles – além de Belenus, Beletucadrus, por exemplo. Os celtas vêem esses deuses como uma só entidade, por possuírem funções e atributos parecidos.

Música

A música celta era realizada por trovadores, druidas, bardos e dançarinos. Ela possuía um caráter religioso e geralmente eram acompanhadas por diversos instrumentos: flautas, gaita de foles, harpas.

Atualmente, esse estilo é muito popular em diversos países europeus de origem celta. Ela faz parte da música folclórica irlandesa, escocesa e galega.

Arte

Os Celtas produziam objetos de uso comum como armas, armaduras, canecas e jarras. Aliás, são fortes os indícios que os Celtas foram responsáveis pela introdução do manuseio do ferro e da metalurgia no continente europeu.

Também faziam jóias trabalhando principalmente bronze e ouro, empregando técnicas sofisticadas de incrustação.

Outros legados dos celtas são as histórias do “Rei Artur” da Inglaterra e relatos míticos dos quais “Chapeuzinho Vermelho” (onde a menina representa o Sol devorado pela noite do Inverno, ou seja, o lobo). A festa do Halloween tem origem num festival celta, o Samhain.

Símbolos Celtas

Há uma nítida tendência abstrata na decoração de peças, com figuras em espiral e desenhos geométricos que retratavam suas crenças e superstições.

Nó Celta: É um símbolo celta que pode ser frequentemente encontrado em vários objetos. O laço – que não tem começo e nem fim – representa a interconectividade da vida, eternidade e os mistérios do nascimento, morte e reencarnação. Pode também ser usado como um amuleto contra os espíritos malignos.

Espiral da Vida: É uma espiral tripla. Representa crença de que a vida se movia em ciclos eterno. Quando a espiral gira para a direita manifesta-se a busca pelo espiritual e intangível ou o sol de inverno que se esconde. Quando ela gira para a esquerda, manifesta-se a busca pelo material e terreno ou o sol crescente de verão. Essa espiral deu origem a outra figura conhecida, o Triskel.

Triskel: São três braços unidos em um ponto central. Os braços do Triskel supõem a união de três dos elementos fundamentais dentro do cosmos celta: a terra, a água e o ar. Evoca a divina interação entre corpo, mente e alma e outras tríades: nascimento, morte e renascimento ou ainda, passado, presente e futuro, além de simbolizar a proteção que atrai saúde, amor e prosperidade. Este símbolo não deve ser confundido com o símbolo grego Tríscele e nem com a Triquetra, símbolo que alguns cristãos chegaram a adotar como símbolo da Santíssima Trindade.

Espero ter consegui

do contextualizar e explicar a origem do meu talismã (Triskel) que para mim também representa a evolução, crescimento e aprendizado perpétuo.

As tatuagens celtas eram bastante populares. Dentre elas, a mais comum era justamente o Triskel.

Não sabia disso quando fiz a minha tatuagem! É opção de arte no corpo que serve tanto o gênero feminino como o masculino, cujo principal motivo da escolha é a referência feita à tríade mente, corpo e espírito, numa busca constante do seu equilíbrio.

A influência cultural celta, que jamais desapareceu, tem mesmo experimentado um ciclo de expansão em sua antiga zona de influência, com o aparecimento de música de inspiração celta e no reviver de muitos usos e costumes conhecidos atualmente como celtismo.

Agora quer saber como os Celtas se encaixam no Caminho de Santiago?

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Ana Wanke
Ana Wanke
Ana Wanke é curitibana, engenheira e trabalhou por 20 anos no setor elétrico com projeto de Usinas Hidrelétricas. Em 2012 resolveu realizar um projeto que já vinha elaborando há muito tempo: dar oportunidade a mais pessoas de conectar-se com a natureza, de maneira mais intensa e em roteiros personalizados. Especializou-se no Caminho de Santiago: percorreu pessoalmente El Camino uma dezena de vezes, tem vários cursos da Universidade de Compostela sobre o caminho e a cultura Galega, e já prestou inúmeras consultorias para clientes que peregrinaram por este trajeto transformador. Trocou a carreira de engenheira pela carreira de guia e fundou a empresa Ana Wanke Turismo e Aventura.
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10 thoughts on “Os Celtas e o meu Triskel”

  1. Edson Luiz Sardinha disse:
    1 de abril de 2020 às 04:40

    Hola! Grande Ana, lindo trabalho. Entre Villafranca e O Cabreiro existem ainda várias edificações celtas. O Jesus Jato conhece todas.
    Eu creio que Thiago foi levado a península ibérica por saber que esses povos ali habitavam e saber da pluralidade de deuses de cultuava, mas isso é assunto que você com muita propriedade vai expor oportunamente.
    Saudações fraternas.
    Gratidão sempre.

    Responder
    1. Ana Wanke disse:
      1 de abril de 2020 às 11:12

      Hola, Edson! Obrigada por comentar! Preparei outro artigo sobre os vestígios Celtas no Caminho de Santiago. Vou publicar na sexta-feira. Gostaria muito de absorver os ensinamentos do Jesus Jato.
      Para ajudá-lo como hospitaleiro é só falar com ele?

      Responder
  2. Papael Kozechen disse:
    1 de abril de 2020 às 12:04

    Uau.
    Texto esclarecedor e muito gostoso de ser lido.
    Parabéns pela excelente pesquisa e conteúdo.
    Muito bacana mesmo!

    Responder
    1. Ana Wanke disse:
      1 de abril de 2020 às 20:24

      Obrigada Papael! A pesquisa foi tão gostosa que sexta sai outro texto complementar sobre os Celtas e o Caminho de Santiago!

      Responder
  3. Flor Kepah disse:
    15 de março de 2021 às 18:51

    Oi, Ana .

    Eu descobri o Triskel por acaso, meses depois em que desenvolvi um logotipo para mim, descoberto por um conhecido que me contou sobre esse símbolo. Curiosamente eu fiz vários desenhos a mãos, até chegar na forma final contemporanea, o que poderia dizer-se como a releitura do símbolo, caso se eu soubesse dele, mas até aquele momento eu o desconhecia.

    O meu símbolo faz referência a mente, o corpo e o espírito e a Santíssima Trindade, a tríade da iluminação para mim. Curiosamente, depois da criação em São Paulo e do uso do logotipo em meu site, a minha experiência pessoal com a espiritualidade só cresceu, como um caminho sem volta. No meu site você pode ver a imagem: https://florkepah.wordpress.com/ .

    Outra curiosidade é que o meu nome de nascimento é Kellen, de origem irlandesa e celta e começa com “Kel”, o que aparece curiosamente no final do nome Tris-kel. Parece coincidência? Não! Tudo está pré definido, só não sabemos disso, ou , não sabíamos.

    Tenho muita vontade de conhecer a Irlanda e a Galícia na Espanha, dois locais de ligação com o símbolo.

    Grata.

    Flor Kepah

    Responder
  4. Fabrício disse:
    10 de abril de 2023 às 00:04

    Texto muito bom, parabéns! Você tem informações sobre os Pictos ?

    Responder
    1. Ana Wanke disse:
      3 de maio de 2023 às 11:09

      Desculpe, mas esta informação ficarei devendo.

      Responder
  5. Walcelina Queiroz de Almeida Orlando disse:
    7 de maio de 2024 às 15:50

    Ana, cheguei ao seu blog pesquisando sobre os celtas da Galiza e estou encantada. Muitas informações interessantes.
    Adorei saber que você tem uma agência de turismo de aventura. Quero fazer um dia a Trilha até Machu Picchu. Vi que vai ter esse ano, mas já tenho viagem programada para essa época. Todo ano vocês fazem esse roteiro?

    Responder
    1. Ana Wanke disse:
      10 de maio de 2024 às 12:10

      Olá Wal! Seja bem vinda.
      Sobre a Trilha Inca, ano que vem não a farei, pois a faço de dois em dois anos. Só em julho de 2026.

      Responder
  6. Filipe Schlaucher Krass disse:
    21 de outubro de 2024 às 14:58

    Oi Ana!
    Vou contar uma coisa curiosa que aconteceu comigo:
    Um dia inventei de aprender a tatuar e a primeira tatuagem que fiz foi em mim mesmo, nas costas da mão esquerda e o desenho foi um tribal celta com um Triskel bem no centro…fiz só pq gostei.
    Anos passaram e resolvi fazer um exame de DNA para descobrir minha ancestralidade…advinha o resultado? 98% do meu DNA vem dos povos celtas. Seria isso uma obra do acaso ou já algo que me atraia quando escolhi essa tatuagem?

    Responder

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