“Uma experiência de outro mundo”. Esta é a sensação ao visitar uma caverna.
Atravessada a boca da caverna, a paisagem se transforma, resultando em um cenário ao mesmo tempo assustador e fascinante. Para começar, o verde desaparece dando lugar a estranhas esculturas, chamadas espeleotemas, que crescem lenta e ininterruptamente durante milhares de anos, presas ao chão, às paredes ou mesmo penduradas no teto.
O ambiente de uma caverna é algo que parece de outro planeta e cada local tem uma particularidade própria. Por ser um ambiente mais isolado, os sons e a luminosidade proporcionam uma experiência completamente nova e exclusiva.
No começo, a gente nem percebe o que está em volta, porque os olhos estão fixos no chão. Só depois de algum tempo começamos a perceber todos os detalhes fascinantes chamados Espeleotemas (“spíleo” = caverna e “thema” depósito).
Espeleotema é o nome genérico de todas as formações rochosas que ocorrem tipicamente no interior de cavernas como resultado da sedimentação e cristalização de minerais dissolvidos na água.
Sua ocorrência é mais comum nas chamadas rochas carbonáticas (compostas de calcário, mármore e rochas dolomíticas). Veja alguns tipos de espeleotemas que podemos encontrar:
- Estalactites: formam-se por gotejamento através de fendas ou furos no teto. A água desce pela fenda ou furo e, ao chegar ao teto da caverna, para em razão da tensão superficial, formando uma gota. Com isso, o carbonato de cálcio precipita, como um anel em torno da gota. Quando a gota fica grande o suficiente para cair, a água se vai e o carbonato de cálcio fica aderido à rocha. O processo se repete continuamente e assim vai surgindo a estalactite (do grego stalassein, que significa pingar). Os anéis unem-se uns aos outros, formando tubos cilíndricos com 2 a 9 mm de diâmetro interno e paredes com aproximadamente 0,5 mm de espessura. Esses tubos crescem rumo ao chão, de 6 a 25 mm por século. A forma cônica surge pelo escorrimento da água pela parte externa de suas paredes. A figura à direita mostra estalactites e estalagmites na Gruta do Lago Azul, em Bonito (MS). A cor azul da água deve-se ao carbonato nela dissolvido.
- Estalagmites: formam-se de modo similar, a partir do sal que ainda ficou na gota quando esta caiu no chão. A água evapora e ele precipita, formando uma estrutura semelhante à estalactite, mas que cresce debaixo para cima. Na maior parte dos casos, há uma estalagmite para cada estalactite.
- Colunas: formam-se pela união de uma estalactite com uma estalagmite.
- Escorrimentos: ao longo das paredes da caverna podem surgir outros tipos de formação, que recebem nomes como órgãos, candelabros, pingentes, discos, folhas e cascatas rochosas, dependendo da forma.
- Cortinas: interessante figura formada em tetos inclinados, onde a água, em vez de pingar, escorre sempre pelo mesmo caminho, criando finas paredes onduladas. Essas cortinas podem atingir o chão e se tornar muito espessas e resistentes.
- Helictites e heligmites: espeleotemas espiralados que se formam em tetos, paredes, no chão ou mesmo sobre outros espeleotemas, por mecanismos não totalmente conhecidos e que, às vezes, lembram as raízes de uma árvore.
- Flores: espeleotemas de aragonita, calcita ou gipsita, que se irradiam em todas as direções, a partir de um ponto central ou de um eixo. Algumas são esféricas como um dente de leão, outras lembram cachos de flores ou flocos de algodão.
Que tal vir conosco em uma Caverna em Rio Branco do Sul, dia 9 de janeiro, para conhecer e explorar uma caverna recheada de espeleotemas e provar essas novas sensações?