Imagine uma região praticamente intocada com belas paisagens naturais incluindo montanhas cobertas de florestas emoldurando praias desertas de areias finas, canais de águas calmas banhando manguezais e contornado suavemente várias ilhas. Parece a descrição de um paraíso, mas essa mistura toda se chama Lagamar e compõe um imenso estuário que incluí a Baía do Paranaguá (PR) até os municípios de Iguape e Cananéia (SP). Esse complexo é considerado um dos maiores criadouros de espécies marinhas do Atlântico Sul, além de conter o maior trecho contínuo de Mata Atlântica do país.
Impossível falar do Lagamar sem incluir detalhadamente o Parque Nacional de Superagüi, que compreende a Ilha de Superagüi, a Ilha das Peças, a Ilha do Pinheiro e a Ilha do Pinheirinho.
Um pouco de história da região do Lagamar
Em 1852 Perret Gentil, cônsul suíço no Rio de Janeiro, fundou na Ilha de Superagüi uma das primeiras colônias europeias no estado do Paraná. Hoje Superagüi é um dos poucos pontos brasileiros declarados Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO. É neste ambiente que vive um animal raro e endêmico, o mico-leão da cara preta. Infelizmente esta espécie só foi descoberta nos anos noventa, quando já estava ameaçada de extinção. Outra espécie ameaçada de extinção que habita a região é o papagaio da cara roxa, também conhecido como papagaio chauá, que encontrou na Ilha do Pinheiro o lugar ideal para se reproduzir e pra se proteger.
Cenário
O final da tarde é um momento magico na Ilha do Pinheiro, quando essas aves chegam alvoraçadas e ruidosas para descansar no topo das árvores. E quando a noite chega, o silêncio se faz na ilha. Falando em silêncio, Superagüi possui outro local de total silêncio, apenas das ondas do mar. São cerca de 40 km de praias desertas e uma paisagem deslumbrante e exótica.
Completando o cenário, logo ao lado está a Ilha das Peças, conhecida como o segundo maior berçário de golfinhos do Brasil. Perde apenas para Fernando de Noronha. Um paraíso para os amantes do ecoturismo.
Um espetáculo que vem se tornando frequente junto dos manguezais do Lagamar é o avistamento de bandos de guarás, aves de plumagem vermelha escarlate exuberante. Elas ficam nos galhos das árvores, esperando a maré abaixar e só quando o mangue está bem exposto é que elas descem em busca de caranguejos.
A região do Lagamar, além das belezas naturais, abriga muitas histórias e guarda outros tesouros como o fandango caiçara. O Fandango é uma forma de expressão dançada, tocada, cantada e profundamente enraizada no cotidiano das comunidades locais. De tão importante, ele foi registrado como “Patrimônio Cultural do Brasil”, assegurando melhores condições de sua transmissão da sua tradição de geração em geração.
Impossível passar pelas comunidades da região sem ouvir falar da famosa Cataia, tradicional cachaça. As folhas da cataia são adicionadas a cachaça, dando um sabor especial à bebida, ao ponto desta ser conhecida como “uísque caiçara”.
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