Sábado, dia 21 de julho, saímos de Curitiba com um amanhecer lindo, onde pudemos ver no horizonte as montanhas que cercam Curitiba. Eu e o Papael pudemos nomear várias montanhas para nossos clientes, contando algumas histórias que as envolviam. Uma das montanhas que se destacava pela sua dimensão e pelo detalhe das duas “placas”, era o Ciririca. Na verdade as placas do Ciririca tem uma história muito legal, que acabamos dividindo com os participantes do roteiro. De tão legal que é essa história faremos um texto especial sobre ela!
Descemos pela Estrada da Graciosa e o tempo estava tão bonito que resolvemos parar num mirante para admirar a paisagem. Toda a cadeia do Ibitiraquiri estava descoberta, podendo ser identificados facilmente o Pico Paraná e o Ciririca, porém quando olhamos para o litoral vimos um denso mar de nuvens se aproximando. Nessa hora o Marumbi ainda estava totalmente visível, mas enquanto descíamos a serra ele foi ficando encoberto….
Ao nos aproximarmos na Base do IAP, pela estrada de Pedrinhas, já vimos que o tempo estava totalmente nublado. Paramos bem ao lado de um testemunho histórico do Caminho do Itupava. Ali todo mundo se apresentou e recebeu as instruções de segurança como o de costume.
Iniciamos a subida até a estação Engenheiro Langue. Mesmo com o início de uma leve garoa, o grupo nem sentiu o tempo passar: O Papael foi contando toda a história do Caminho do Itupava e da Conquista do Conjunto Marumbi.
Aliás, para quem não conhece a história da Conquista do Marumbi, recomendo três artigos muito bem escritos pelo Papael, onde ele conta um pouco mais da história do montanhismo brasileiro ligado ao Conjunto Marumbi:
- Conquistas Do Pico Do Marumbi E Do Morro Do Leão
- A Conquista Do Conjunto Marumbi: Abrolhos, Esfinge E Torre Dos Sinos
- A Conquista Do Conjunto Marumbi: História Da Ponta Do Tigre E Gigante
Chegando a Estação Engenheiro Langue nos demos conta que a previsão do tempo deu uma grande errada e estávamos tendo um fenômeno chamado “chuva orográfica”. Saiba um pouca mais sobre esse fenômeno no meu artigo sobre Tipos de Chuva.
Entre a Estação Engenheiro Langue e a Estação Marumbi existe uma calçada feita pelas mãos de uma figura emblemática no Marumbi, que é o Seu Antoninho Palmiteiro e tem uma história de vida muito interessante. Bom, essa parte da história quem participou do roteiro ficou conhecendo muito bem! Quem faz trilhas conosco há algum tempo já sabe, a gente não faz somente caminhada, a gente contextualiza toda a história do local também.
Para encurtar a nossa história, ninguém caiu e ninguém desistiu: Todos chegaram ao Cume do Rochedinho, mesmo sabendo que não iríamos enxergar nada além das nuvens. Lá no cume chamamos pela imaginação de todos apontando onde estaria o Conjunto Marumbi, as estações de trem (Engenheiro Langue e Marumbi), o trilho do trem e muitas outras coisas. No maior astral, ali mesmo em meio a fina garoa fizemos nosso piquenique.
Quer ver um pouco mais das fotos do nosso roteiro, acesse este link.
Nossa volta foi incentivada pela intenção de uma alegre confraternização na Dona Siroba. E foi assim mesmo que terminamos nossa trilha, protegidos do vento e da chuva orográfica, dando boas risadas e ainda contatando muitas histórias de aventuras passadas em nossas caminhadas.
Quer conhecer um pouco da história do Paraná, ou ter história para contar, junte-se a nós em um próximo roteiro na natureza. Temos um calendário recheado de oportunidades para você sair do sofá! Confira aqui.