Acordar em meio ao Campo de Gelo era um sonho! Queria degustar cada momento e não conseguia esconder o meu entusiamo pelo privilégio de estar ali! Cheguei a esquecer por alguns minutos que tinha uma tempestade a caminho. Quinto dia: 15/01/2018 Apesar do esforço do dia anterior, o mais difícil da travessia, estava me sentindo bem. Desfizemos o acampamento bem mais rápido do que montamos: Era hora de partir! Arrumadas as mochilas, calçamos o pé de pato, ops, raquetes (risos) para depois nos encordarmos e seguir caminhando. Ainda bem que o meu quarteto saiu por último e pude apreciar o primeiro pelotão caminhando pelo gelo, indo longe. Não demorou muito lá estávamos nós: Jere liderando o quarteto, Dani, eu e, fechando
A equipe foi informada que teria apenas uma janela de um dia e meio para entrar e sair do Campo de Gelo antes que chegasse a próxima tempestade. Então: pernas pra que te quero! Não tínhamos tempo a perder… Quarto dia: 14/01/2018 Para chegarmos no Campo de Gelo Sul foi uma ascensão de quase 800 a partir do nosso acampamento próximo à Laguna de Los Catorze e mais 25 km de caminhada no gelo até o novo acampamento, desta vez em cima do gelo! Antes mesmo de amanhecer já estávamos prontos para o desafio que viria pela frente. O dia começou a clarear e já estávamos entre pedras e gelo. A primeira parte do dia foi a mais difícil e
A Ana Wanke Turismo e Aventura conheceu um lugar muito especial, que gostaria de compartilhar com o mundo: É um olival no Paraná que produz seu próprio azeite de oliva. Além de lhe contar a história de um homem admirável, nós levaremos uma turma para caminhar entre as plantações de oliveiras com seus pés carregados de azeitonas, e mostrar a produção local de azeite extra virgem. O início de tudo A história deste olival começa com a vinda do Seu Idálio da Cruz Inácio para o Brasil em 1954. Ele é nascido em uma aldeia a 35 km ao norte de Coimbra (Portugal) e desde cedo acompanhava seu avô agricultor nas oliveiras. No Brasil começou trabalhando com secos e molhados, mas
Dia 21/10/2018, estivemos no Parque Estadual do Guartelá, que foi criado em 1992 para proteger parte de uma imensa garganta de aproximadamente 32 km de extensão que o Rio Iapó escavou na Escarpa Devoniana: O Cânion Guartelá – considerado o 6° mais longo do mundo e o mais longo do Brasil. O Parque está situado na margem esquerda do Rio Iapó e na margem direita encontra-se a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Itáytyba, ambas as áreas no município de Tibagi. Nossa trilha teve apenas 6 km. Nesse pequeno trecho pudemos ver de perto o complexo e rico ecossistema às margens do Cânion Guartelá. Imagine que este lugar já foi mar, depois se tornou um deserto gelado e hoje possui o clima sub-tropical,
Antes de contar a nossa linda saga, queria contar um pouco do que é o Caminho da Fé. Esse caminho foi inaugurado em 11/02/2003 e é o que mais se assemelha ao Caminho de Santiago no Brasil: Ele não tem “dono”, no entanto, em fevereiro de 2003, uma associação sem fins lucrativos passou a cuidar dela carinhosamente. Aliás, todos ao longo deste caminho nutrem um cuidado especial pelo peregrino que ali passa em direção a Basílica de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Se quiser conhecer um pouco mais da história da “aparição” da imagem, fiz um vídeo que você pode acessar aqui e entender como tudo começou. O Caminho da Fé hoje conta com vários ramais, sendo o tronco principal caindo
Cunha e Paraty fazem parte da Estrada Real. Escolhemos este eixo para percorrê-lo entre os dias 7 a 9 de setembro de 2018 por concentrar além da história, arte e cultura e belezas naturais! Por Cunha passou muito muita riqueza vinda de Minas Gerais e direção a Paraty, o principal Porto exportador de nossas riquezas, como ouro e diamantes. Apesar de Cunha estar no estado de São Paulo e Paraty no estado do Rio de Janeiro, ambas as cidades tem um toque mineiro, não só na comida, mas no jeito de falar e na carinhosa acolhida. Saímos cedo de Curitiba e ao desembarcar na nossa pousada, na região rural de Cunha, já sentimos o cheirinho de uma comida caseira com
A última coisa que eu imaginaria que iria acontecer num trekking atravessando o Campo de Gelo Sul seria tomar um chá de barraca, mas aqui está a continuação da história: Segundo dia: 12/01/2018: O combinado foi de que se as condições climáticas permitissem, sairíamos cedo e, para minha surpresa, não entraríamos no Campo de Gelo pelo Passo Marconi conforme estudei, mas sim por outro caminho mais longo, porém mais seguro. O Passo Marconi tinha uma rampa mais forte e devido ao derretimento progressivo do glaciar estava desprendendo blocos de gelo que tornavam a travessia por ali muito arriscada. A primeira noite de sono não foi como sonhei. Choveu e ventou o tempo todo. Cedinho recebemos água quente e a instrução
Na véspera da nossa saída para a Travessia do Campo de Gelo Sul, no dia 10 de janeiro de 2018, fizemos uma reunião com a nossa equipe para verificação do equipamento e descobri que seríamos 8 pessoas, sendo 2 guias, 2 porteadores (carregadores) e 4 clientes. Ali eu era uma cliente, juntamente com a Danielle, uma alpinista belga muito experiente em montanhas de altitude, a Melina, uma jovem suíça louca por montanhas nevadas e que estava iniciando um ano “sabático” e o Jaison, um coreano muito quieto e recluso, professor de finanças na universidade na Corea do Sul, cujo objetivo ali era a fotografia. Teríamos 8 dias e 7 noites para vencer pouco mais de 90 km. A princípio, se
Lá estava eu pela 6ª vez na Patagônia. Já haviam se passado 5 anos desde a primeira vez que vi a maquete do Campo de Gelo Sul no Centro de Visitantes de El Chaltén. Desde então, ano a ano, eu “namorei” aquele Mundo Branco. Sempre que estava em El Chalten reservava um tempo para ficar sentada no Mirante dos Condores olhando em direção ao Campo de Gelo. Ele está ali, justo atrás do famoso Fitz Roy. Muitas vezes estava sol no povoado, mas atrás dessa montanha as nuvens estavam pesadas e assustadoramente revoltas. Para entender melhor minha descrição aí vão alguns dados: Em média, na cidade de El Chaltén chove 300 mm de água por ano e no Campo de
A caminhada de domingo, dia 5 de agosto foi na “cidade mais alemã do Brasil”, Pomerode: Uma cidade repleta de tradições germânicas, além de possuir um dos maiores acervos de construções enxaimel fora da Alemanha. O Enxaimel é uma antiga técnica construtiva, na qual uma estrutura de madeiras encaixadas tem seus vãos preenchidos com tijolos ou taipa. Durante nossa caminhada pudemos ver os dois tipos: com tijolos e com taipa. A origem desta técnica é ainda muito discutida, mas o mais aceito entre os especialistas e construtores e que hoje está devidamente comprovado, é que o enxaimel assim como o conhecemos tem origem na região da atual Alemanha durante a idade média. A imigração de alemães para o Brasil teve início