Sempre haverá feridas abertas no Caminho. Há aquelas que levamos conosco, e há aquelas que são forjadas lá mesmo. Entretanto, o mundo não pára um segundo sequer para que curemo-nos ou para que consertemos o nosso coração. Desta forma, parafraseando autores; alguns conhecidos por este que vos escreve, assim início esse texto, que se trata mais de uma reflexão. O Caminho da Fé sempre foi um roteiro mágico para mim. Desde a primeira vez que o galguei, em 2009/2010, senti uma energia especial e diferente; há um “quê” de misticismo, de uma certa responsabilidade especial da qual aqueles que resolvem seguir por seus infindáveis quilômetros são investidos. Sempre gostei da simplicidade e do sorriso fácil dos seus habitantes; do pedido singelo
Se você já andou em ambiente de montanha, com certeza já se viu com perguntas do tipo: “Como essa corrente parou aqui?”, “Quem trouxe estas pedras e estas tabuas de contenção até aqui em cima?” “Como será que é feita a manutenção das trilhas?” “Quem mantém tudo isso aberto?”. Realmente estas são questões bem pertinentes quando nos deparamos com trilhas abertas, sinalizações ou com intervenções humanas em terrenos e lugares inóspitos; alguns bem longe de qualquer tipo de civilização. Bem, para começar a explicar isso, você deve ter em mente como é a organização montanhista no Brasil. Ao redor do mundo o organograma é muito parecido, porém cada país tem uma certa autonomia (respeitando certos padrões) para decidir como se
O Brasil está repleto de verdades históricas que se misturam com mitos e o imaginário popular, criando uma simbiose incrível entre personagens, paisagens e feitos inacreditáveis e dentre tantas histórias que já li, ouvi e pesquisei, quiçá uma das que mais me causam inquietação é o caso do lendário Caminho de Peabiru – uma grande trilha pré-colombiana que ligava no sentido Leste-Oeste os Oceanos Atlântico e Pacífico, ou seja: Fazia o contato dos silvícolas da costa Brasileira com o povo que habitava a região do maior império que se viu no território sul-americano: os Incas. Lógico, há várias histórias que se cruzam e poderíamos ficar aqui por páginas e páginas divagando sobre os eventos históricos que se permeiam. Mas se
Esse sábado, dia 07.07.2018, saímos cedinho, ainda no escuro e com bastante neblina, em direção à localidade de Borda do Campo em Quatro Barras. Para o longo do trajeto até o início do Caminho, para que o pessoal fosse se aclimatando, já fui explicando algumas partes históricas do Caminho do Itupava, como a presença da Fazenda Jesuíta que abastecia o colégio no litoral, alguns nomes históricos e algumas datas como o do calçamento que possui quase 200 anos. O pessoal saiu bem motivado para o início da caminhada, mas antes conferimos as mochilas e seus ajustes, amarração de botas, ajustes de bastões e passamos as últimas instruções. Essa parte parece chata, mas fundamental para a segurança e conforto de todos. Quando
A turma foi chegando naquela tarde de sábado (23/junho). Entre o pessoal, estavam bonitas caipirinhas que estavam prontas para nossa Caminhada com fogueira de São João, além é claro, do charmoso caipira Otávio, que também estava presente. Confira as fotos que publicamos no Facebook. O destino era o município da Lapa, nos contrafortes da Escarpa Devoniana. Como o intuito era ver o pôr do sol no cume do Morro da Peruca, adiantamos alguns quilômetros para não perder nenhum instante. E que pôr do sol!!! Foi um momento in-crí-vel e mágico. Cada um, da sua forma particular, foi curtindo o cair da noite num evento de emocionar qualquer um. Os tons do céu foram mudando rapidamente, ora azul, ora laranja; até
“Por favor… Desenha-me um carneiro!” Este artigo é a parte 7 de 7 da série: “O Pequeno Príncipe” – Pequenas frases que mudam vidas Estar com pessoas é um grande desafio. Aprendemos que, mesmo não sendo fácil, as relações devem ser levadas com maturidade e sabedoria. E o Pequeno Príncipe nos mostra que uma “bela ensaboada” de um amigo é melhor do que uma de alguém fora do seu círculo. Estamos dentro de um mundo muito controverso e que está borbulhando a todo instante. Normal que as coisas nem sempre saiam como desejamos. Certos momentos somos sinceros e expomos sentimentos latentes e, em outro, estamos mais reservados e introspectivos. Aceitar a si e ao outro é sinal de grande maturidade.
Que tal dar uma olhada e ver se você está se conduzindo direitinho quando está em meio à natureza? Participa com ética em ambientes naturais? Segue um resumo do Código de Ética da Montanha da Union Internationale des Associations d’Alpinisme (UIAA) conforme aprovado pela declaração em Porto/2009: RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL: Sendo uma atividade de risco de acidentes, as ações individuais não devem comprometer a segurança das pessoas ao seu redor. ESPÍRITO DE EQUIPE: Membros da equipe devem estar cientes das necessidades uns dos outros e ajudar mutuamente para o equilíbrio através de compromissos e concessões. COMUNIDADE DE ESCALADORES E MONTANHISTAS: Todos devem e merecem o mesmo respeito em ambiente de montanha. VISITA À PAISES ESTRANGEIROS: Comportar-se com cortesia e em harmonia com
“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” Este artigo é a parte 6 de 7 da série: “O Pequeno Príncipe” – Pequenas frases que mudam vidas Nesse trecho do livro, mais uma vez protagonizada por esse personagem que tanto nos ensina, a raposa nos fala sobre a profundidade das relações entre as pessoas. Talvez seja um pouco difícil compreender; eu tive que ler várias vezes esse trecho para tentar decifrar o que aquelas palavras continham e, de tão simples, ou até mesmo por não querermos concordar com essa afirmação, acabamos não compreendendo muito bem sobre nossas responsabilidades com o outro. Pode ser que sua interpretação seja diferente da minha, mas eis aqui o que absorvi: Enquanto não se
“O essencial é invisível aos olhos, e só se pode ver com o coração” O Pequeno Príncipe Este artigo é a parte 5 de 7 da série: “O Pequeno Príncipe” – Pequenas frases que mudam vidas Hoje gostaria de falar sobre algumas coisas que são difíceis de abordar, podem causar um incômodo interno muito grande porém, não falar sobre isso seria uma falta muito grande: A raiva, a decepção e o arrependimento. Eles são sentimentos que causam amargura e uma decorrência de outros tão ruins quanto; sofrer calado pode ser muito perigoso. Portanto, peço que leia com atenção e permita que essas palavras lhe digam algo. É possível que alguém tenha conseguido te ferir tão profundamente que não se possa
“Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz” O Pequeno Príncipe Este artigo é a parte 4 de 7 da série: “O Pequeno Príncipe” – Pequenas frases que mudam vidas Nesse trecho, a raposa, um dos personagens mais enigmáticos do livro, nos fala sobre os rituais e do quão importantes eles são para o nosso dia-a-dia. Mas a personagem também nos fala sobre a ansiedade, felicidade e a decepção. Quem já não se pegou contando as horas para rever alguém estimado ou então, se viu quase indo ao aeroporto três dias antes do embarque de uma viagem muito esperada? Lógico que nem tudo são flores e você pode acabar esperando por