A Travessia do Gelo Continental foi um sonho que virou realidade… esse é o último capítulo da “Saga”. Se ainda não conhece a história completa, seguem os capítulos anteriores: Travessia do Campo de Gelo Sul: A construção de um sonho Travessia do Campo de Gelo Sul: Primeiros Passos Travessia Do Campo De Gelo Sul: Chá De Barraca Travessia Do Campo de Gelo Sul: Visão do Mundo Branco Travessia Do Campo De Gelo Sul: Clima Louco Sétimo Dia: 16/01/2018 Mais uma vez amanheceu chovendo e já não tínhamos mais “dias extras” para usar… Então nos restava adiar somente a saída em algumas horas na esperança que o tempo mudasse – e mudou. Quem já foi para a Patagônia sabe que o
Na véspera da nossa saída para a Travessia do Campo de Gelo Sul, no dia 10 de janeiro de 2018, fizemos uma reunião com a nossa equipe para verificação do equipamento e descobri que seríamos 8 pessoas, sendo 2 guias, 2 porteadores (carregadores) e 4 clientes. Ali eu era uma cliente, juntamente com a Danielle, uma alpinista belga muito experiente em montanhas de altitude, a Melina, uma jovem suíça louca por montanhas nevadas e que estava iniciando um ano “sabático” e o Jaison, um coreano muito quieto e recluso, professor de finanças na universidade na Corea do Sul, cujo objetivo ali era a fotografia. Teríamos 8 dias e 7 noites para vencer pouco mais de 90 km. A princípio, se
Lá estava eu pela 6ª vez na Patagônia. Já haviam se passado 5 anos desde a primeira vez que vi a maquete do Campo de Gelo Sul no Centro de Visitantes de El Chaltén. Desde então, ano a ano, eu “namorei” aquele Mundo Branco. Sempre que estava em El Chalten reservava um tempo para ficar sentada no Mirante dos Condores olhando em direção ao Campo de Gelo. Ele está ali, justo atrás do famoso Fitz Roy. Muitas vezes estava sol no povoado, mas atrás dessa montanha as nuvens estavam pesadas e assustadoramente revoltas. Para entender melhor minha descrição aí vão alguns dados: Em média, na cidade de El Chaltén chove 300 mm de água por ano e no Campo de