A Travessia do Gelo Continental foi um sonho que virou realidade… esse é o último capítulo da “Saga”. Se ainda não conhece a história completa, seguem os capítulos anteriores: Travessia do Campo de Gelo Sul: A construção de um sonho Travessia do Campo de Gelo Sul: Primeiros Passos Travessia Do Campo De Gelo Sul: Chá De Barraca Travessia Do Campo de Gelo Sul: Visão do Mundo Branco Travessia Do Campo De Gelo Sul: Clima Louco Sétimo Dia: 16/01/2018 Mais uma vez amanheceu chovendo e já não tínhamos mais “dias extras” para usar… Então nos restava adiar somente a saída em algumas horas na esperança que o tempo mudasse – e mudou. Quem já foi para a Patagônia sabe que o
Acordar em meio ao Campo de Gelo era um sonho! Queria degustar cada momento e não conseguia esconder o meu entusiamo pelo privilégio de estar ali! Cheguei a esquecer por alguns minutos que tinha uma tempestade a caminho. Quinto dia: 15/01/2018 Apesar do esforço do dia anterior, o mais difícil da travessia, estava me sentindo bem. Desfizemos o acampamento bem mais rápido do que montamos: Era hora de partir! Arrumadas as mochilas, calçamos o pé de pato, ops, raquetes (risos) para depois nos encordarmos e seguir caminhando. Ainda bem que o meu quarteto saiu por último e pude apreciar o primeiro pelotão caminhando pelo gelo, indo longe. Não demorou muito lá estávamos nós: Jere liderando o quarteto, Dani, eu e, fechando
A equipe foi informada que teria apenas uma janela de um dia e meio para entrar e sair do Campo de Gelo antes que chegasse a próxima tempestade. Então: pernas pra que te quero! Não tínhamos tempo a perder… Quarto dia: 14/01/2018 Para chegarmos no Campo de Gelo Sul foi uma ascensão de quase 800 a partir do nosso acampamento próximo à Laguna de Los Catorze e mais 25 km de caminhada no gelo até o novo acampamento, desta vez em cima do gelo! Antes mesmo de amanhecer já estávamos prontos para o desafio que viria pela frente. O dia começou a clarear e já estávamos entre pedras e gelo. A primeira parte do dia foi a mais difícil e
A última coisa que eu imaginaria que iria acontecer num trekking atravessando o Campo de Gelo Sul seria tomar um chá de barraca, mas aqui está a continuação da história: Segundo dia: 12/01/2018: O combinado foi de que se as condições climáticas permitissem, sairíamos cedo e, para minha surpresa, não entraríamos no Campo de Gelo pelo Passo Marconi conforme estudei, mas sim por outro caminho mais longo, porém mais seguro. O Passo Marconi tinha uma rampa mais forte e devido ao derretimento progressivo do glaciar estava desprendendo blocos de gelo que tornavam a travessia por ali muito arriscada. A primeira noite de sono não foi como sonhei. Choveu e ventou o tempo todo. Cedinho recebemos água quente e a instrução
Lá estava eu pela 6ª vez na Patagônia. Já haviam se passado 5 anos desde a primeira vez que vi a maquete do Campo de Gelo Sul no Centro de Visitantes de El Chaltén. Desde então, ano a ano, eu “namorei” aquele Mundo Branco. Sempre que estava em El Chalten reservava um tempo para ficar sentada no Mirante dos Condores olhando em direção ao Campo de Gelo. Ele está ali, justo atrás do famoso Fitz Roy. Muitas vezes estava sol no povoado, mas atrás dessa montanha as nuvens estavam pesadas e assustadoramente revoltas. Para entender melhor minha descrição aí vão alguns dados: Em média, na cidade de El Chaltén chove 300 mm de água por ano e no Campo de